quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Imagem: tudo ou mais um pouco?

Se na época em que a internet era utilizada apenas como fonte de pesquisa ela já era procurada, acessada e requisitada, agora que o internauta passou a manipular o computador, a tecnologia e as informações, a internet acabou se transformando em uma cidade virtual. As notícias do dia a dia são transmitidas com rapidez, e veiculadas com o auxílio de uma equipe de “jornalistas” extensa.
Há uma imensidão de pauteiros, repórteres, editores e repórteres cinematográficos registrando cada momento de suas vidas. Alguns fazem questão de exibir as próprias travessuras, mas outros gostam mais de capturar as imagens do dia a dia comum a todos. E os amadores se misturam aos profissionais (mais um exemplo que comprova a frase: “a internet é o meio de comunicação mais democrático já visto até hoje”).
E se antes vídeo e internet não falavam a mesma língua, hoje estão se entendendo - e muito bem. O incentivo maior para que esse tipo de mídia se desenvolvesse aconteceu a partir de 2005, com o surgimento do Youtube. A partir daí as postagens de vídeos em sites virou moda – E muita gente aderiu.
“Enviei um vídeo de uma corrida pega-porco que acontece em Medianeira todos os anos. Percebi que era um assunto curioso, e que merecia ser compartilhado com quem não conhecia o evento. Aproveitei a oportunidade, pois filmei com a mesma máquina que tirava fotos”, argumenta o empresário Liandro Carniel, que enviou o vídeo ao quadro “Na hora certa”, do site da Rede Paranaense de Comunicação.
Lançado em março desse ano, o quadro dispõe de um sistema simples de recebimento de vídeos. De acordo com o responsável pela página da RPC na internet, Luciano Juvinski, a audiência do site vem crescendo 13% ao mês desde que o quadro foi criado.
“Esses novos recursos contribuem para o crescimento. A interatividade faz o telespectador participar do telejornal. Por exemplo, quando houve granizo recentemente no Estado, recebemos mais de trinta vídeos de telespectadores em apenas um dia. E eram vídeos de várias regiões do Paraná. Usamos a grande maioria. Isso cria uma relação com o telespectador. De certa maneira, ele acaba sendo um "olho" da TV no que acontece na rua”, destaca o chefe de redação da RPC, Eduardo Abilhoa.
Pautas em tempo real, sistema prático e barato para manter, as empresas vêem os sites como uma ferramenta valiosa de comunicação com o público, e um segmento a ser cada vez mais explorado.
“Nós queremos o telespectador participando do Jornalismo da RPC. E estamos conseguindo. Não conseguimos estar em todos os pontos da cidade e com o Na Hora Certa, o telespectador nos ajuda a ser esse"olho". Acidentes, imagens curiosas, imagens de animais, do tempo (chuva, granizo, sol). A participação nos surpreendeu e a intenção é, sim, investir cada vez mais em internet”, explica Abilhoa.
Em outros sites de notícias, previsão do tempo, humorísticos e blogs é difícil navegar por alguns minutos e não esbarrar em arquivos de vídeos. As tendências já foram percebidas pelos comunicólogos. Os telespectadores e internautas confirmam. “É uma excelente maneira de interagir e principalmente atrair o espectador. O jornalismo sai do ambiente fechado onde o editor define o que é interessante, e passa a abrir as portas para quem realmente vai assistir”, define Liandro.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Roupa suja? Nada de lavar em casa

Chega de brigas. Pra que brigar? A moda agora é namorar. Pare de lavar a roupa suja dentro de casa. Deixe os impedimentos financeiros de lado e se dê ao luxo de ser mais feliz no amor lavando roupa suja fora de casa.
Tudo bem, eu sei, ele insiste nisso. Mas sabe o que você pode fazer? Dá um chega-pra-lá nele com o seu aventalzinho de lavar roupa. Olée!
Coloca uma camisola super sexy e pede pra ele o que ele prefere. Se ele quer você de avental no tanque ou se ele te quer de camisola, na cama. A vida é feita de escolhas e como hoje o mundo é capitalista, neoliberal e quase feminista...
Surgiram as lavanderias!! Deus tarda mas não falha. A Eva foi quem não sofreu nada. A desgraçada egoísta não pensou na gente. Claro, ela estava sempre quase nua, só com uma roupinha ecológica e orgânica. Ela que não tinha que ficar horas e horas coordenando e praticando um processo cronológico e lógico. Molha a roupa, passa sabão, separa as pretas das brancas, as coloridas das brancas e das pretas, as calças jeans com escova, as blusinhas de fio, linho, voal, liganete e lycra só esfrega com a mão. Ok. Sabão, esfrega, deixa de molho, enxágua. Amaciante, esfrega, de molho, enxágua, torce, bate, estende.
Nossa, isso dá um samba.
Eva desgraçada. Roupa e samba. É tudo culpa sua. E tudo por causa de uma maçã. Porque não ficar só com a banana?? Fominha!
Voltando ao caso (quero esquecer que a Eva existe), as lavanderias são m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s! Foi-se o tempo em que elas eram usadas somente para lavagem de roupas de gala ou cobertores. “Hoje chega aqui de tênis a calcinha!”, diz Diva Dvioba, gerente de uma lavanderia de Foz do Iguaçu. Há 11 anos nesse ramo, Diva afirma que o mercado está em expansão. “Já cheguei a lavar 600 quilos de roupa por semana. As pessoas estão cada dia mais ocupadas. Além disso, as meninas de hoje em dia, das novas gerações, não aprendem a lavar roupa como a gente aprendia antigamente”.
De acordo com a Associação Nacional de Empresas de Lavanderia (Anel), existem, no Brasil, seis mil lavanderias, das quais aproximadamente 4,8 mil são domésticas e 1,2 mil são industriais. Juntas, faturam 1,5 milhões por mês.
Os motivos são os mais diversos, mas é inegável que as lavanderias vêm despertando o interesse das pessoas. Num mundo onde a maioria possui cada vez menos tempo, tudo o que puder favorecer a praticidade do dia-a-dia será bem vindo.
A jornalista Rosana Piton diz que já perdeu as contas de quantas vezes utilizou os serviços da lavanderia. “Eu levo roupa pra lavar há quase 20 anos, pelo menos de 15 em 15 dias. As roupas que são lavadas em casa não ficam iguais. Quando as camisas sociais do meu marido, por exemplo, chegam da lavanderia, dá gosto de ver. Elas são bem passadas”.
Um exemplo de que esse mercado vem dando certo é a rede de lavanderias que possui 5 lojas em Foz do Iguaçu e atende hotéis, restaurantes e pousadas, além do atendimento residencial, através do “disk lav”. De acordo com a gerente, Rosangela Schuster Scappini, que está há 20 anos nesse ramo, em breve a lavanderia iniciará uma nova atividade: a higienização de roupas e lençóis hospitalares. “Para atender à demanda hospitalar, estamos abrindo a 6º loja em Foz. Serão dois mil quilos por dia para lavar. Será um trabalho muito rigoroso, porque para lidar com material hospitalar é preciso equipamentos e produtos de limpeza especiais, tratamento de esgoto e uma série de exigências que serão cumpridas”.
Para Rosangela, a maior parte das pessoas acredita que lavanderia é um serviço simples, sem segredos ou complicações. A gerente destaca que ainda há muito a ser explorado nesse mercado
“É um setor bastante segmentado. Quem não lava roupa hoje em dia? Há um trabalho minucioso por trás disso”, destaca Rosangela, quando se refere aos quase 170 mil quilos de roupas lavados mensalmente nas 5 lojas.
Outro assíduo freqüentador das lavanderias, o free-lancer Henrique Caniza destaca: “Na época que eu era solteiro usava muito as lavanderias. Imagina, eu que tenho que trabalhar de branco, tem que estar com a roupa impecável. Depois comecei a namorar, e fui morar com ela. No início minha namorada até lavava minhas roupas. Quando eu podia também ajudava ela. Mas depois ela se deu folga desse trabalho e começou a mandar tudo na lavanderia. Acho ótimo, porque ela odiava lavar roupas. E agora sobra mais tempo pra gente aproveitar cozinhando juntos, por exemplo. Bem mais romântico né?”
É.