terça-feira, 6 de julho de 2010

Un perro rojo

Ela foi assim, a vida toda presa em uma coleira de situações.
  • Anti-pulga, pra não contaminar as crianças
  • Curta, pra não chegar até a rua e ser atropelada
  • Barata, pra que gastar con perros?
Um dia, o perro deu um berro. Um sonoro uivo/latido fazia-os escutar o susto da mudança. O pelo antes clarinho ficou vermelho de terra.
O perro tentou esconder o osso.
Lavaram com água, shampoo. Parecia seda.
Pero, encardiu.
O tempo passa, as peles mancham. A pele escureceu. O perro pretiou. Cada dia mais distante do que era, o pobre perro se escondeu na escuridão.
Nessa vida o perro andou, rolou, deu a patinha e latiu como um grandalhão. Pequetito, fez de tudo pra ser um bom cão. Daqueles que cuidam da casa, do osso, do portão.
Hoje perro já se sente um pouco velho e antiquado. Há dias bons em que se passa na frente da casa e ele bate o rabo sem parar.
Há dias de reflexão e perro lembra das roladas ao chão. Com o rabo entre as pernas ele espera emoção.

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