Gente, vou dar férias pra minha cabeça. Não que escrever no blog seja uma obrigação e eu não goste de fazer isso. Nãoo! Pelo contrário, eu adoro. Não é questão de estar cansada de escrever, mas sim, balanço patrimonial cultural e organização de ideias.
Viva a energia do Natal
2010 será um ano fantástico!
até breve!
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Punição, Autoritarismo, construção do diálogo e da identidade
Dentro das escolas, o sistema de ensino, amparado pelos conceitos e práticas psicopedagógicos, já percorreu diversos campos. Passamos pelo autoritarismo, pela demonstração de força através da punição e pelo silêncio dos alunos, cujo ambiente escolar se constrói com a máxima: “aqui só professor fala e aluno escuta”. Muitas destas práticas perduram até hoje, e o que pensadores como Freire e Gutierrez (sem citar muitos) fazem é estudar as consequencias das ações dos educadores e sua influência direta no comportamento dos educandos. Tudo isso porque a educação mostra-se como a grande alternativa para a construção da formação humana baseada na ética, cultura e ação voltada às políticas sociais e igualitárias.Para tal fim, são necessárias as aplicações de o que hoje chamamos a escola ideal, onde são praticadas metodologias de ensino baseadas no diálogo, dinamismo, em um ambiente escolar saudável, onde o estudante sinta-se estimulado a frequentar. Já o educador, deve ser alguém que exercita a ação de instigar o aluno a pensar nas respostas, a desafiá-lo com perguntas, hipóteses e discussões sobre os mais variados temas, inseridos na educação formal, informal e não-formal. Ao que parece, já se sabe a fórmula, mas a aplicação desta metologia é inserida aos poucos em algumas escolas. Outras ainda nem pensam em mudar seus métodos de ensino sem antes alterar o ambiente escolar, em que há casos de falta de material, computadores, jogos, brinquedos e até professores.A realidade da educação é diferente em cada cidade. Parece que o sistema de ensino permanece inalterado. Alguns dizem que o governo não apoia e não garante recursos suficientes à valorização dos professores e do ensino, outros reclamam a falta de material e há ainda aqueles que frequentam a escola por obrigação, e não a veem como a oportunidade de melhorar. No atual panorama, discute-se principalmente o papel da escola na formação das pessoas, e cobram-se atitudes urgentes para mudar o ensino público e privado em esfera global. Pensadores e especialistas em educação afirmam que impulsionado pela Revolução Industrial e pelo desenvolvimento do estado capitalista e dos conceitos neoliberais, nosso sistema de ensino está baseado na “robotização” das atividades. Por isso, procuram-se escolas que formem cidadãos críticos, mentes pensantes, e não máquinas captadoras de conhecimento. O professor não é mais a única fonte de informação. Ele assume o papel de líder e mediador do conhecimento. A educação do presente e do futuro deve trabalhar a individualidade de cada aluno, de forma a promover a autoestima, o senso crítico e o pensamento comunitário. A educação para a cidadania se faz necessária até como aporte social, porque vivemos na era da individualidade. Desta forma, pensa-se no conjunto, e não no pessoal. Enquanto os ideais da nova escola se desenvolvem, com a aplicação de metodologias de ensino mais eficientes à formação do aluno como profissional do mercado de trabalho, a educação não-formal também pode contribuir de forma bastante intensa como um instrumento de intervenção na sociedade para reconstruir a participação social, a integridade humana e a ética. Além disso, é um meio abrangente porque é capaz de atingir a todas as faixas-etárias. Dentre os objetivos da educação não-formal estão a educação para a cidadania; contra a discriminação; para a justiça social; a democracia; a manifestação das diferenças culturais e para o exercício da cultura, dentre outros. Com a educação não-formal, pode-se trabalhar a interdisciplinaridade nos contra-turnos das atividades escolares ou em finais de semana. Leia-se atividades da educação não-formal como por exemplo oficinas de música, teatro, saraus literários, esportes, gincanas, rodas de leitura e de discussões sobre temas polêmicos, que hoje não são característicos de apenas alguns bairros mais afastados e mais pobres. Pelo contrário, já são comuns a qualquer classe social, como pobreza, DST’s, drogas, políticas sociais, sistemas de governo, etc. Outra ferramenta eficaz que já foi muito desenvolvida mas hoje está praticamente extinta, são oficinas em que os alunos aprendem a trabalhar, por meio de cursos costura, artesanato, horta, jardinagem, carpintaria, dentre outros. Esta não se torna mais uma ocupação ao aluno. Na realidade, ele integrará um quadro de pessoas que aprende desde o início a importância da valorização e do cuidado com tudo aquilo que temos contato no dia a dia: alimento, escola, trabalho, móveis, praças, livros, enfim, tudo o que proporciona às pessoas conforto, oportunidade de ensino e de trabalho. Novamente, entra a importância da ação e dedicação dos professores. Entretanto, estas ações tornam-se ainda mais eficientes se houver participação dos responsáveis pelos alunos, porque estes, em conjunto, vivenciarão as atividades e as estenderão da escola para suas casas. Hoje, em uma cidade de maior porte, por exemplo, ações de integração de bairros se tornam excelentes ferramentas para a participação popular, envolvendo os moradores tanto nas atividades da escola, da igreja, da prefeitura, em que de forma atuante, a população encontra formas de valorização daquilo que desenvolve e cria sua própria identidade cultural.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Mais uma matéria legaall!
Poxa, tive que postar outro link de uma matéria produzida pela RPC. Tiraram a semana pra fazer coisas legais. E claro, compartilho com vocês, leitores de vez em quando do blog! :D um dia eu chego lá! haha
http://portal.rpc.com.br/tv/cataratas/video.phtml?Video_ID=68749&Programa=paranatv1edicao&tipo=&categoriaNome=
http://portal.rpc.com.br/tv/cataratas/video.phtml?Video_ID=68749&Programa=paranatv1edicao&tipo=&categoriaNome=
Naipi e Tarobá
Animação da lenda que conta a história das Cataratas do Iguaçu. Muito legal!
http://portal.rpc.com.br/tv/cataratas/video.phtml?Video_ID=68542&Programa=revistarpc&tipo=&categoriaNome=
http://portal.rpc.com.br/tv/cataratas/video.phtml?Video_ID=68542&Programa=revistarpc&tipo=&categoriaNome=
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Criança, a alma do negócio
Vídeo muito interessante!
Na minha opinião, o problema não está nem tanto no consumismo, mas na fuga da realidade. Assista!
http://criancas.uol.com.br/ultnot/multi/2009/02/26/04023964D8A17326.jhtm?crianca-a-alma-do-negocio-04023964D8A17326
Na minha opinião, o problema não está nem tanto no consumismo, mas na fuga da realidade. Assista!
http://criancas.uol.com.br/ultnot/multi/2009/02/26/04023964D8A17326.jhtm?crianca-a-alma-do-negocio-04023964D8A17326
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Cada vez melhor!
Foz conquista título de cidade mais bem estruturada para receber turistas
Entre os 65 destinos, considerados pelo Ministério do Turismo como indutores do setor em todo o país, Foz do Iguaçu se destacou e atingiu a maior pontuação em cinco quesitos em estudo de competitividade realizado pelo órgão. Ao lado da capital paulista, Foz lidera o ranking e aparece como o município mais bem estruturado para receber turistas no país.
Entre os 65 destinos, considerados pelo Ministério do Turismo como indutores do setor em todo o país, Foz do Iguaçu se destacou e atingiu a maior pontuação em cinco quesitos em estudo de competitividade realizado pelo órgão. Ao lado da capital paulista, Foz lidera o ranking e aparece como o município brasileiro mais bem estruturado para receber turistas no país.
Nossa cidade obteve o melhor desempenho, entre as “não capitais” em cinco aspectos: Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Marketing e Promoção do Destino, Capacidade Empresarial e Aspectos Ambientais. Foz foi a cidade não capital com maior pontuação e que mais levou prêmios.
“Estamos colhendo os frutos de uma nova forma de ver e tratar o turismo, com planejamento e parceria”, explicou o secretário de Turismo Felipe Gonzalez. A parceria a que Gonzalez se refere é formada pela Prefeitura, Itaipu Binacional, Convention Bureau e o Conselho Municipal de Turismo. O secretário participou da premiação em Brasília, na noite de terça-feira e dedicou os prêmios ‘todos os atores envolvidos no segmento’.
O jornalista Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social de Itaipu, observa que a premiação do Ministério do Turismo é um indicativo do sucesso da estratégia de unir iniciativa privada e governo em torno da promoção do destino Foz do Iguaçu no Brasil e no exterior. “É o reconhecimento ao trabalho integrado que estamos fazendo para fortalecer e consolidar Foz do Iguaçu como Destino do Mundo”, afirmou Piolla, que representa Itaipu junto ao trade.
Entre as ações desenvolvidas em conjunto pelo trade está a campanha publicitária “Foz do Iguaçu Destino do Mundo”, que passou a divulgar o destino em eventos nacionais e internacionais. “Estamos transformando a imagem de Foz do Iguaçu, tornando-a referência em ecoturismo, em turismo de eventos e turismo de compras para o Brasil e também para o exterior”, destaca Gilmar Piolla.
Progresso - A melhora nos índices de competitividade dos 65 destinos foi constatada a partir da comparação dos resultados dos relatórios de 2008 e 2009. O estudo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do MTur e do Sebrae Nacional, avaliou 13 dimensões nas capitais e “não capitais” com notas de 0 a 100. São Paulo conquistou a maior pontuação, entre as capitais dos 65 destinos, em quatro dimensões: Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Economia Local e Capacidade Empresarial.
Curitiba (Aspectos Sociais e Aspectos Ambientais) e Belo Horizonte (Marketing e Monitoramento) conseguiram as melhores notas em duas dimensões. As outras capitais premiadas lideraram apenas em um quesito.
Entre as não capitais, Ouro Preto/MG aparece com a melhor pontuação depois de Foz do Iguaçu. A cidade teve a maior pontuação em três dimensões: Atrativos Turísticos, Aspectos Sociais e Aspectos Culturais. Os outros premiados foram Porto Seguro/BA (Políticas Públicas), Maraú/BA (Cooperação Regional), Balneário Camboriú/SC (Monitoramento), Gramado/RS (Economia Local) e Bento Gonçalves (infraestrutura Geral).
Confira, abaixo, lista dos premiados:
TOTAL GERAL:
Capital: São Paulo / Não capital: Foz do Iguaçu
INFRAESTRUTURA GERAL:
Capital = Florianópolis / Não Capital = Bento Gonçalves
ACESSO:
Capital = São Paulo/ Não Capital: Foz do Iguaçu
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS:
Capital: São Paulo / Não Capital: Foz do Iguaçu
ATRATIVOS TURÍSTICOS:
Capital: Rio de Janeiro /Não Capital: Ouro Preto
MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO:
Capital: Belo Horizonte /Não Capital: Foz do Iguaçu
POLÍTICAS PÚBLICAS:
Capital: Recife / Não Capital: Porto Seguro
COOPERAÇÃO REGIONAL:
Capital: Natal / Não Capital: Maraú
MONITORAMENTO:
Capital: Belo Horizonte / Não Capital: Balneário Camboriú
ECONOMIA LOCAL:
Capital: São Paulo / Não capital: Gramado
CAPACIDADE EMPRESARIAL:
Capital: São Paulo / Não Capital: Foz do Iguaçu
ASPECTOS SOCIAIS:
Capital: Curitiba / Não Capital: Ouro Preto
ASPECTOS AMBIENTAIS:
Capital: Curitiba /Não Capital: Foz do Iguaçu
ASPECTOS CULTURAIS:
Capital: Salvador / Não Capital: Ouro Preto
Fonte: Agência Municipal de Notícias
Entre os 65 destinos, considerados pelo Ministério do Turismo como indutores do setor em todo o país, Foz do Iguaçu se destacou e atingiu a maior pontuação em cinco quesitos em estudo de competitividade realizado pelo órgão. Ao lado da capital paulista, Foz lidera o ranking e aparece como o município mais bem estruturado para receber turistas no país.
Entre os 65 destinos, considerados pelo Ministério do Turismo como indutores do setor em todo o país, Foz do Iguaçu se destacou e atingiu a maior pontuação em cinco quesitos em estudo de competitividade realizado pelo órgão. Ao lado da capital paulista, Foz lidera o ranking e aparece como o município brasileiro mais bem estruturado para receber turistas no país.
Nossa cidade obteve o melhor desempenho, entre as “não capitais” em cinco aspectos: Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Marketing e Promoção do Destino, Capacidade Empresarial e Aspectos Ambientais. Foz foi a cidade não capital com maior pontuação e que mais levou prêmios.
“Estamos colhendo os frutos de uma nova forma de ver e tratar o turismo, com planejamento e parceria”, explicou o secretário de Turismo Felipe Gonzalez. A parceria a que Gonzalez se refere é formada pela Prefeitura, Itaipu Binacional, Convention Bureau e o Conselho Municipal de Turismo. O secretário participou da premiação em Brasília, na noite de terça-feira e dedicou os prêmios ‘todos os atores envolvidos no segmento’.
O jornalista Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social de Itaipu, observa que a premiação do Ministério do Turismo é um indicativo do sucesso da estratégia de unir iniciativa privada e governo em torno da promoção do destino Foz do Iguaçu no Brasil e no exterior. “É o reconhecimento ao trabalho integrado que estamos fazendo para fortalecer e consolidar Foz do Iguaçu como Destino do Mundo”, afirmou Piolla, que representa Itaipu junto ao trade.
Entre as ações desenvolvidas em conjunto pelo trade está a campanha publicitária “Foz do Iguaçu Destino do Mundo”, que passou a divulgar o destino em eventos nacionais e internacionais. “Estamos transformando a imagem de Foz do Iguaçu, tornando-a referência em ecoturismo, em turismo de eventos e turismo de compras para o Brasil e também para o exterior”, destaca Gilmar Piolla.
Progresso - A melhora nos índices de competitividade dos 65 destinos foi constatada a partir da comparação dos resultados dos relatórios de 2008 e 2009. O estudo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do MTur e do Sebrae Nacional, avaliou 13 dimensões nas capitais e “não capitais” com notas de 0 a 100. São Paulo conquistou a maior pontuação, entre as capitais dos 65 destinos, em quatro dimensões: Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Economia Local e Capacidade Empresarial.
Curitiba (Aspectos Sociais e Aspectos Ambientais) e Belo Horizonte (Marketing e Monitoramento) conseguiram as melhores notas em duas dimensões. As outras capitais premiadas lideraram apenas em um quesito.
Entre as não capitais, Ouro Preto/MG aparece com a melhor pontuação depois de Foz do Iguaçu. A cidade teve a maior pontuação em três dimensões: Atrativos Turísticos, Aspectos Sociais e Aspectos Culturais. Os outros premiados foram Porto Seguro/BA (Políticas Públicas), Maraú/BA (Cooperação Regional), Balneário Camboriú/SC (Monitoramento), Gramado/RS (Economia Local) e Bento Gonçalves (infraestrutura Geral).
Confira, abaixo, lista dos premiados:
TOTAL GERAL:
Capital: São Paulo / Não capital: Foz do Iguaçu
INFRAESTRUTURA GERAL:
Capital = Florianópolis / Não Capital = Bento Gonçalves
ACESSO:
Capital = São Paulo/ Não Capital: Foz do Iguaçu
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS:
Capital: São Paulo / Não Capital: Foz do Iguaçu
ATRATIVOS TURÍSTICOS:
Capital: Rio de Janeiro /Não Capital: Ouro Preto
MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO:
Capital: Belo Horizonte /Não Capital: Foz do Iguaçu
POLÍTICAS PÚBLICAS:
Capital: Recife / Não Capital: Porto Seguro
COOPERAÇÃO REGIONAL:
Capital: Natal / Não Capital: Maraú
MONITORAMENTO:
Capital: Belo Horizonte / Não Capital: Balneário Camboriú
ECONOMIA LOCAL:
Capital: São Paulo / Não capital: Gramado
CAPACIDADE EMPRESARIAL:
Capital: São Paulo / Não Capital: Foz do Iguaçu
ASPECTOS SOCIAIS:
Capital: Curitiba / Não Capital: Ouro Preto
ASPECTOS AMBIENTAIS:
Capital: Curitiba /Não Capital: Foz do Iguaçu
ASPECTOS CULTURAIS:
Capital: Salvador / Não Capital: Ouro Preto
Fonte: Agência Municipal de Notícias
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Da série..Mulheres invocadas
Já que segundo o dicionário, invocado é quem alega, expõem, critica.
Importando palavras, ampliando horizontes
Gisela Pinheiro Lima, professora de Língua
Portuguesa, Montreal, Canadá
Proibir o uso de palavras estrangeiras nos textos em língua portuguesa é um
equívoco. Os deputados brasileiros, no lugar de votar leis xenófobas, deveriam
empregar seu tempo nos problemas concretos que o “estrangeirismo” das
palavras denuncia - quando denuncia.
Não temos que restringir o vocabulário da língua, e sim ampliá-lo com nossos
horizontes… palavras são sempre bem-vindas, cada uma com suas nuances e
possibilidades expressivas.
Não existem sinônimos perfeitos na língua: cada palavra traz uma carga
semântica enriquecida pela história dos seus usos e usuários, e nesses usos
vai se transformando e ganhando novas conotações, num movimento rico e
vivo como a dinâmica da cultura que gera a língua e é por ela gerada. Basta
pensar na contribuição dos diversos imigrantes para o enriquecimento tanto da
língua portuguesa quanto da diversidade cultural no Brasil, sem falar na
contribuição para nos salvar do uso de termos, no mínimo, engraçados... portaseios,
por exemplo, seria o nome do sutiã se esse tipo de lei estivesse em vigor
quando essa palavra foi importada do francês, com o abajur (quebra-luz), e
nosso esporte nacional teria que ser pé-na-bola, o nome nacionalista do nosso
football, ops, futebol.
Claro que existe o aspecto sintomático do uso excessivo de palavras
estrangeiras, notadamente em inglês, e é bom prestar atenção no que isso
pode indicar.
Se importamos tecnologia, especialmente dos americanos, com ela vêm as
palavras que nomeiam os avanços tecnológicos produzidos por eles. Eles
criaram, eles nomeiam.
Que tal, no lugar de camuflar palavras, aumentar a verba para pesquisa (a
primeira que o presidente do Brasil corta quando (sempre) o orçamento
aperta)? Isso ia permitir que nossos pesquisadores, esses heróis,
desenvolvessem seu potencial e nomeassem as suas soluções e descobertas
científicas… claro, em português. Melhor faria o deputado Aldo Rebelo se
lutasse pelas verbas de educação e pesquisa, em vez de ficar brincando de
maquiagem.
Importando palavras, ampliando horizontes
Gisela Pinheiro Lima, professora de Língua
Portuguesa, Montreal, Canadá
Proibir o uso de palavras estrangeiras nos textos em língua portuguesa é um
equívoco. Os deputados brasileiros, no lugar de votar leis xenófobas, deveriam
empregar seu tempo nos problemas concretos que o “estrangeirismo” das
palavras denuncia - quando denuncia.
Não temos que restringir o vocabulário da língua, e sim ampliá-lo com nossos
horizontes… palavras são sempre bem-vindas, cada uma com suas nuances e
possibilidades expressivas.
Não existem sinônimos perfeitos na língua: cada palavra traz uma carga
semântica enriquecida pela história dos seus usos e usuários, e nesses usos
vai se transformando e ganhando novas conotações, num movimento rico e
vivo como a dinâmica da cultura que gera a língua e é por ela gerada. Basta
pensar na contribuição dos diversos imigrantes para o enriquecimento tanto da
língua portuguesa quanto da diversidade cultural no Brasil, sem falar na
contribuição para nos salvar do uso de termos, no mínimo, engraçados... portaseios,
por exemplo, seria o nome do sutiã se esse tipo de lei estivesse em vigor
quando essa palavra foi importada do francês, com o abajur (quebra-luz), e
nosso esporte nacional teria que ser pé-na-bola, o nome nacionalista do nosso
football, ops, futebol.
Claro que existe o aspecto sintomático do uso excessivo de palavras
estrangeiras, notadamente em inglês, e é bom prestar atenção no que isso
pode indicar.
Se importamos tecnologia, especialmente dos americanos, com ela vêm as
palavras que nomeiam os avanços tecnológicos produzidos por eles. Eles
criaram, eles nomeiam.
Que tal, no lugar de camuflar palavras, aumentar a verba para pesquisa (a
primeira que o presidente do Brasil corta quando (sempre) o orçamento
aperta)? Isso ia permitir que nossos pesquisadores, esses heróis,
desenvolvessem seu potencial e nomeassem as suas soluções e descobertas
científicas… claro, em português. Melhor faria o deputado Aldo Rebelo se
lutasse pelas verbas de educação e pesquisa, em vez de ficar brincando de
maquiagem.
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